quarta-feira, fevereiro 16

Nice guys finish last

É, depois de uma longa tarde chuvosa trocando venenos e experiências, essa é a conclusão da vida. Diga o que quiser: ah, que absurdo, Ana! Magina, Ana, você enlouqueceu. CALA A BOCA, MINA! Fale o que bem entender, mas essa é a dura e dolorida verdade. Os bonzinhos sempre serão passados para trás. Lei da vida, gente. Aliás, quase um darwinismo, vamos combinar.

Claro, ninguém precisa ser muito ruim na vida - ou mau caráter, também não é bem visto por aí. Mas a galera boazinha demais sempre vai se dar mal, inclusive pelos acima citados, porque sempre vão ter os mau-caráter (?). Não, Ana, discordo. Acho que os bonzinhos um dia vão conquistar o mundo. Good for you, se você pensa isso mesmo, se você realmente acredita nisso. Desculpa, eu não consigo mais.

Mesmo porque, esse papo de "um dia" requer muita paciência, coisa que ultimamente eu não ando dispondo muito, pra nada. Conclusão? Pra mim sim, é verdade o que Green Day um dia cantou: nice guys do finish last. Mas se você ainda quiser tentar seguir nessa linha, wish you best, boa sorte e torço por você. Se você desistir no caminho, conversa comigo, que já desisti há um tempo de tentar ser boazinha e acreditar na turma por aí.


(não é pra tanto... mas é quase isso!)


terça-feira, fevereiro 8

Peter Pan

Hoje me dei o direito de sentir saudades. E assumi-las. Não tratar as coisas - e pessoas, por que não - de que sinto falta com desdém, como de costume, mas dizer em alto e bom som que elas são importantes pra mim.

Veja bem: eu, na vã tentativa de mascarar saudades e dizer que não me importo com as mudanças, me afasto, vou pra longe e torço para que tudo mude, começando pela minha necessidade de ter certas coisas e pessoas por perto. É, eu sei, jeitinho mais imbecil de se fazer as coisas. Mas vou fazer o quê? Aí eu fico lá, longe, esperando a poeira baixar... e ela nunca baixa. Até que eu tenho que fazer concessões e aceitar, por pelo menos uma vez, as saudades.

Eu sei, também, que saudades são o sinal de que o passou foi bom... mas são o sinal de que passou, acabou, foi embora. Então COMO DIABOS pode ser uma coisa boa? Desculpa, não sei lidar com essa galera que adora dizer: ah, pelo menos valeu a pena. É quando me falam isso que eu tenho vontade de ser Peter Pan: sem crescer, sem mudar e sem sentir saudades. Afinal, verbos no passado não são os meus preferidos, pessoas longe tampouco, e coisas fora do lugar menos ainda. E vou confessar que hoje me deu muitas saudades de como tudo era há alguns anos, quando os "tchaus" não valiam tanto, as coisas não mudavam muito e as pessoas não esqueciam nada.






segunda-feira, fevereiro 7

Elogio à loucura

Seguindo a linha do post anterior - e talvez do mundo, ultimamente -, hoje eu pensei sobre a loucura. Ah, Ana, peloamordeDeus, NINGUÉM pensa sobre loucura. Sim, pensa... eu! E peço um minutinho para divagar sobre o que eu pensei.

O caso é que loucura sempre foi tratada como coisa ruim, errada e feia. Gente, nunca ninguém parou pra pensar que ideias inovadoras vêm de mentes aparentemente loucas? Tudo bem, assassinatos em massa também, mas eu to tratando da loucura boa aqui. Enfim, o que importa é que eu parei de tratar loucura como coisa ruim.

Mas, antes de mais nada, entenda bem: existem loucuras e loucuras. As que forem boas, ótimo, chega junto e brinca com a que me acompanha. As que me fazem mal, grata pela oportunidade de conhecê-la, mas dispenso a companhia. Sejamos sinceros: normalidade é chato, mas maluquice mau caráter é pior. Nos atentemos então à loucura do bem - e sim, ela existe por aí, aos montes.

O que eu quero dizer é que loucura é a base da mudança. Uma espécie de base de renovação das coisas e ideias. E olha que eu elogiando mudanças é uma coisa rara de se ver... a não ser nesse caso. Eu elogio a loucura, sim. E tenho loucura como um belo elogio. E queria muito conseguir usar a minha para criar um mundo todo só meu, um daqueles que tudo seria nonsense e muito mais divertido, no melhor estilo: tudo era o que não é, e o que fosse, não seria.